Memória Alvinegra

Recordando

1959. Ceará Sporting Club. A partir da esquerda: atacante Dico e o notável lateral-esquerdo Carneiro. Jogo no Estádio Presidente Vargas. Observem como as arquibancadas ainda eram baixinhas. O uniforme do Ceará com a camisa toda branca e o nome Ceará à altura do peito. Não tenho notícias do ex-jogador Dico. Carneiro morreu no dia 4 fevereiro de 2013. Carneiro brilhou também no Fortaleza, na Seleção Cearense e no Bahia. (Álbum de Elcias Ferreira).

Empate frustrante

Ceará não repetiu as boas atuações anteriores jogando em casa na Série B e ficou apenas no 1 a 1 com o CRB, nessa sexta-feira, no Castelão ( fotos: JL ROSA )

Em seu primeiro jogo em casa no returno da Série B, o Ceará confiava no retrospecto como mandante - o segundo melhor do certame - para superar o CRB em um confronto direto dentro do G4. Mas o Vovô ficou no frustrante empate em 1 a 1 ontem à noite no Castelão, perdendo a chance de abrir uma distância maior para o 5º colocado, o Brasil de Pelotas. Com o resultado, o Alvinegro, em 3º na classificação, chegou aos 36 pontos e só abriu três de diferença para o time gaúcho.

O empate com o time alagoano pode ser mais lamentado ainda pela circunstância do jogo, com o Ceará atuando com um jogador a mais por cerca de meia hora no segundo tempo.

A equipe de Sérgio Soares busca a reabilitação na ‘Segundona’ - já são quatro jogos sem vitória - na segunda-feira, contra o Atlético/GO, fora de casa, às 20 horas.

O Ceará iniciou o jogo com uma baixa importante: o meia Felipe, camisa 10 da equipe, vetado por desconforto muscular no adutor da coxa, entrando Serginho como titular. Outra surpresa na escalação foi a entrada de Ciel no setor de ataque, saindo William Henrique.

As duas alterações até deixaram o Ceará mais rápido no setor de frente, mas sem a qualidade de passe e melhor leitura de jogo. Resultado: o time não conseguia dominar o CRB, sempre perdendo nas jogadas individuais ou tentativas pelo alto e ainda perdeu Ciel contundido com 13 minutos.

Com isso, sem o Vovô mostrar a força de sempre em casa, o CRB foi se arrumando em campo e abriu o placar logo aos 17 minutos, com Zé Carlos, de cabeça, após cochilo da defesa.

Perdido em campo, o Ceará deu nova chance para o centroavante regatiano, aos 34, mas Éverson evitou o gol.

Foi quando no último minuto do 1º tempo, Bill marcou de cabeça, empatando a partida. Era tudo que o Ceará precisava para voltar para o 2º tempo com os nervos no lugar. 

A tarefa de virar o jogo se tornou mais fácil para o Vovô com a expulsão de Somália, aos 17 minutos. Mas o que se viu a partir daí foi um time ansioso e desorganizado para definir o jogo. Resultado: o time irritou a torcida e amargou o empate. 

por Vladimir Marques - Repórter

Parceria de amor e sangue

Kaio Soares está na comissão técnica do Ceará como auxiliar de
preparação física após convite do pai, Sérgio Soares, que treina o Vovô
 ( foto: divulgação / THIAGO GADELHA )

"Eu sou filho dele", num pronome mais que possessivo, numa demarcação de espaço e de amor. Desnecessário até, de tão incondicional. Os olhos não esconderam a emoção e se perderam no horizonte quando o assunto foi seu pai. O semblante se desarmou da razão e ali ele estava entregue, de verdade, à certeza que tem de que aquele homem é tudo na sua vida. Distante dali, o pai dizia exatamente a mesma coisa. "Ele é meu filho". O príncipe. E numa troca de sentimento vira súdito do próprio amor. O filho sequer enxerga um homem ali na sua frente: ele é herói, ídolo.

Passos

Sérgio Soares é técnico de futebol, campeão da Copa do Brasil com o Santo André. Kaio Soares, seu filho, começou a carreira seguindo os passos do pai também no Ramalhão, mas na preparação física. Hoje, os dois trabalham juntos para levar o Ceará de volta à elite do futebol brasileiro. A escolha de Kaio vai além da opção profissional. Ele segue pelo caminho da admiração. "A gente tem um vínculo muito forte, somos muito ligados um ao outro".

Sempre foi assim. Kaio lembra que desde pequeno acompanhava o pai nas rodas de bobinho antes dos treinos, no Juventus. "Meu pai é tudo, não imagino minha vida sem ele", disse, buscando na lembrança os momentos que os uniam. "Ele ia aquecer e eu ficava ali do lado. Depois, virei seu torcedor. Sou um privilegiado", conta.

Sérgio Soares não reage de maneira diferente e se emociona ao falar do filho. "Sinto orgulho, tenho três filhos e ele é o mais velho. Os dois se transformaram em grandes homens", disse, referindo-se ainda ao filho Victor, que optou por outra profissão e seguiu caminho diferente. A caçula, Fernanda, tem apenas 12 anos. Tem ainda o sobrinho Bruno, de quem Sérgio fala como um filho também. Hoje, Bruno mora nos Estados Unidos.

por Analy Cristofani - Especial para o Jogada

Nome de Ciel é divulgado no BID e atacante fica à disposição de Sérgio Soares

Jogador segue aprimorando sua parte física, visando a
 partida diante do Paysandu ( Foto: JL Rosa )

Reforço já apresentado para a torcida alvinegra, o atacante Ciel está à disposição do técnico Sérgio Soares, do Ceará. O atleta anunciado para a sequência da Série B ainda em julho, teve seu nome divulgado no Boletim Informativo Diário (BID), da CBF, nesta quarta-feira (10). O vínculo do jogador com o Vovô tem duração até dezembro de 2017.

Com sua documentação em dia, Ciel já pode entrar em campo pelo Ceará. O próximo compromisso do Alvinegro de Porangabuçu é diante do Paysandu, no dia 20 de agosto, às 21h, no estádio da Curuzu, em Belém. A partida marca o retorno do time cearense as disputas da Série B após a pausa para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Aprimorando

Enquanto espera o jogo ante os paraenses, Ciel segue aprimorando sua parte física em Carlos de Alencar Pinto. A mesma situação acontece com o lateral-direito Maicon, ex-Vitória, também recém contratado. 

Na vice-liderança da 'Segundona' com 35 pontos, quatro a menos que o líder Vasco, o Ceará busca um resultado positivo em Belém para aumentar sua vantagem para o 5° colocado Brasil de Pelotas, que conta com 30 pontos ganhos. 

   

Craques que fizeram história no vozão!

Ceará Sporting Club. Estádio Carlos de Alencar Pinto em Porangabuçu. Os volantes Edmar e Alves divertem-se, simulando uma briga pela camisa 5 do Vozão. Gerações diferentes. Edmar veterano. Alves estava no início de carreira. Não sei bem a data em que a foto foi batida. Edmar, hoje técnico de futebol, foi um dos maiores ganhadores de título no futebol cearense. Alves também ganhou títulos pelo Ceará. (Álbum de Elcias Ferreira)

Auxiliar do Vasco, Zinho reconhece que o Ceará é um dos fortes candidatos ao acesso

O Vasco encerrou o primeiro turno da Série B empatando com o Ceará e sustentando a vantagem de quatro pontos para o Alvinegro de Porangabuçu na tabela de classificação (39 - 35). Por isso, o auxiliar técnico Zinho, que dirigiu o time na noite dessa terça-feira, pois Jorginho estava suspenso, valorizou o resultado no Castelão. Ele lembrou que o Ceará é um rival direto na luta pelo acesso - o adversário é o segundo colocado, com 35 pontos, embora possa ser ultrapassado pelo Atlético Goianiense - e elogiou a atuação do sistema defensivo do Vasco, reconhecendo que o time pecou na produção ofensiva no duelo de terça-feira.

"Jogo muito difícil, time muito bem organizado, não é à toa que estão disputando vaga no G4 e são nossos concorrentes direto. O grande objetivo era manter a vantagem. A necessidade fez com que eles tomassem a iniciativa do jogo e quero citar a entrega da minha equipe. Chegou um momento que o duelo ficou muito igual em algumas jogadas de contra-ataque e o primeiro tempo tivemos posse de bola maior do que o Ceará", disse o ex-jogador da Seleção Brasileira. 

Zinho ainda respirou aliviado em ter conseguido um ponto importante, que garantiu ao 'Gigante da Colina' a 'gordura' necessária para encerrar o turno. "Eu fiquei satisfeito, resultado faz com que a gente se mantenha na liderança com uma gordura que queríamos. O Vasco é um time grande em qualquer lugar que jogar. Nas circunstâncias finais, o resultado acaba sendo bom. Era tudo o que planejávamos, terminarmos como campeões do primeiro turno. Teremos um tempo agora de trabalho para recuperar os atletas", disse. 

O Ceará volta a campo no dia 16 de agosto, quando enfrenta o Paysandu, fora de casa. O Vasco, por sua vez, só voltará a jogar pela divisão de acesso no dia 20 deste mês para receber o Sampaio Corrêa, em São Januário. 

por Irailton Menezes

Ceará e Vasco ficam num insosso 0 a 0

Marcação, duelos táticos e ocupação de espaços prevaleceram no jogo ( foto: Kid Júnior )

Quando há um confronto entre líderes de um campeonato, a expectativa da partida vai para as alturas, por um futebol bem jogado, com muita emoção e claro, o que interessa: gols. Tudo isso estava no imaginário dos torcedores de Ceará e Vasco, no duelo dessa terça-feira (2), na Arena Castelão, pelo encerramento do 1º turno da Série B do Brasileiro. Mas alvinegros e vascaínos fizeram uma partida muito estudada, com muito respeito, ou melhor, cautela, e empataram em 0 a 0, o placar mais frustrante que existe no futebol. 

Muito pelos melhores jogadores das equipes estarem abaixo tecnicamente, como o meia Felipe e atacante Rafael Costa, pelo Ceará, e Nenê e Andrezinho, pelo cruzmaltino. O grande público que compareceu ao Castelão e as duas torcidas espalhadas pelo País mereciam mais. 

As duas equipes bem que tentaram, mas a marcação, duelos táticos e ocupação de espaços prevaleceram. Com os dois times bem postados e aplicados taticamente, as chances de gols foram raras. As mais perigosas foram do Ceará, que foi um pouco melhor no 1º tempo. As duas chances foram desperdiçadas pelo atacante Rafael Costa. 

Para fora

A primeira, e mais clara, aos 20 minutos, quando o meia Wescley deixou o camisa 9 do Vovô de frente para o gol, mas ele chutou para fora. Na outra, 10 minutos depois, Rafael Costa bateu falta e exigiu grande defesa de Martín Silva. 

Já o Vasco, embora tenha sido perigoso em suas investidas, a defesa do Ceará conseguiu cortar com precisão lances potencialmente perigosos. 

Rendimento caiu

No segundo tempo, o equilíbrio prevaleceu, mas as chances de gol e o futebol das duas equipes praticamente sumiram. 

Tanto Ceará como o Vasco chegaram bem ao ataque, mas faltou sempre uma definição de jogada melhor e mais precisa, o que decretou o resultado sem gols na Arena Castelão. 

Com o resultado de empate, o Vasco da Gama manteve a liderança da Série B com 39 pontos, enquanto o Alvinegro de Porangabuçu chegou aos 35, meta de pontos estipulada pelo clube, cinco de vantagem para o primeiro time fora do G4, o Brasil de Pelotas. Com o recesso da Série B, o Ceará volta a jogar somente no dia 16, contra o Paysandu/PA, fora de casa.

por Vladimir Marques - Repórter