Luís Carlos já foi titular em cinco jogos seguidos após a séria lesão
Foto: NATINHO RODRIGUES
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O goleiro Luís Carlos foi um dos destaques do Ceará no primeiro
semestre, ao ser titular em todas as partidas da campanha do
vice-campeonato da Copa do Nordeste e um dos heróis do tetracampeonato
estadual com grandes defesas principalmente nas duas finais contra o
Fortaleza.
Seguro, ele era garantia de solidez defensiva na campanha da Série B,
que acabara de iniciar, competição prioritária do Alvinegro na
temporada. Só que depois das primeiras cinco rodadas, o camisa 1 do
Ceará começou a viver um 'inferno astral': dores crônicas no ombro,
devido a uma tendinite.
Tudo começou na partida contra o América/RN, no dia 20 de maio. A
partir daí ele travou uma árdua luta contra as dores, tratando da lesão e
voltando a atuar apenas três meses depois, contra o Vasco já na Série
B, no dia 16 de agosto.
Para aquela partida, ele revela outro drama: "Joguei contra o Vasco no
sacrifício", contou ele, que atuou no lugar de Jaílson - titular neste
período e que estava suspenso - e Tiago, outra opção para o gol,
lesionado.
Claramente sem ritmo e jogando no sacrifício, Luís Carlos, que ainda
defendeu um pênalti contra o Vasco, voltou a sentir dores e passou a
novamente tratar das insistentes dores.
A volta os gramados aconteceu praticamente um mês depois, contra o
América/MG, no último dia 9. O goleiro, revelou todo seu drama para
voltar a jogar. "Quando me machuquei, pensei que iria voltar rápido.
Voltava a treinar, sentia dor, e parava. Aí, voltava a tratar. Chegou a
um ponto que não dava mais, que bastava. A dor incomodava, eu dava a
vida para treinar, mas a dor não deixava", descreveu.
Luís comemorou ter atuado por cinco jogos completos - contra
América/MG, Náutico, Paraná, Avaí e América/RN - e acredita que já está
próximo da forma que o fez ídolo da torcida.
"Não digo que estou 100 por cento mas 95 por cento, sim. Estou bem
melhor agora. Vou pegando o ritmo do jogo aos poucos. Foi complicado
ficar fora, treinar é completamente diferente do que jogar. Poder jogar
90 minutos de novo, para mim foi privilégio. Quero ajudar o Ceará e com a
sequência melhorar ainda mais".
O camisa 1 do Vovô vai para seu sexto jogo seguido como titular,
amanhã, ante a Ponte Preta, fora de casa. Para ele, um duelo vital. "É o
jogo de seis pontos, contra um rival direto pelo acesso".
Sacrifício
Alertado pelos médicos do clube que terá de conviver com a dor pelo
menos até o fim da temporada, Luís Carlos afirmou que o sacrifício vale
por um objetivo maior: o acesso do Ceará.
"Tive uma lesão no mesmo braço em 2006, uma luxação na clavícula, e
agora com essa pancada, gerou uma tendinite. Mas recuperei e estou bem
melhor. Só que os médicos disseram que eu terei que conviver com essa
dor até o fim do ano. Mas todo esforço vale a pena, pelo objetivo, que é
o acesso do clube. A gente esquece qualquer dor para ter uma alegria no
fim do ano".
Vladimir Marques
Repórter
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