quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Caso David Madrigal: TJ mantém título estadual do Ceará em 2002

David Madrigal
David Madrigal defendeu o clube em 2002, conquistando
 o campeonato estadual e marcando o gol do título.
Segundo o Fortaleza, o atleta estaria irregular e não poderia
 ser utilizado.  O entendimento da Justiça, no entanto, foi contrário
 ( Foto: Arquivo Diário do Nordeste )
Um imbróglio de 15 anos que ainda rende capítulos. Mais uma vez, desta vez na 3ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJ-CE), o título do Campeonato Cearense de 2002, vencido pelo Ceará Sporting Club e questionado pelo Fortaleza Esporte Clube, foi mantido.

O questionamento do Fortaleza foi julgado improcedente. Relatora do processo, a juíza convocada juíza Marlúcia de Araújo Bezerra considerou improcedente o pleito tricolor. Os demais membros da Câmara também acompanharam o voto da relatora.

O Fortaleza questiona a escalação do costarriquenho David Madrigal no Campeonato Cearense de 2002. O atleta, inclusive, fez o gol do título alvinegro naquele ano. Segundo o clube tricolor, o atleta não tinha condições de trabalho no Brasil. O caso se arrastou nas esferas desportivas, onde o Ceará venceu. Agora, segue na Justiça comum, tendo atravessado, hoje, a segunda instância. A decisão ainda cabe recurso.

Dirigentes têm reações diferentes

O presidente do Ceará, Robinson de Castro, compareceu ao julgamento e comemorou a decisão. "Não tenha dúvida. Parabenizar a lucidez do tribunal, valorizar o nosso corpo jurídico. O direito do Ceará é absoluto, não há nenhuma ilicitude naquele momento em 2002 em colocar o jogador Madrigal para jogar. Estávamos com o alvará em mãos e tivemos mais uma vez o reconhecimento da Justiça que o Ceará é o campeão cearense em 2002", analisou.

Já o advogado do Fortaleza, Eduardo Salles, discordou da sentença."Nós respeitamos o entendimento dos desembargadores, porém discordamos frontalmente deles por ignorar aspectos da legislação desportiva aplicável ao caso, bem como ignorar a incontestável ciência da irregularidade por parte do Ceará Sporting Club".

Além de Eduardo Salles, o ex-presidente do Fortaleza, Jorge Mota, também defendeu o clube no caso. Pelo lado alvinegro, Ernando Uchôa Lima Sobrinho fez a defesa do Ceará.
   

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