quinta-feira, 1 de março de 2018

Poderia ter sido melhor

O Ceará dominou a partida no 2º tempo mas desperdiçou as oportunidades ( FOTO: GAZETA DO POVO )
por Vladimir Marques Diário do Nordeste
Encarando seu primeiro adversário de Série A na temporada pelo jogo de ida a 3ª Fase da Copa do Brasil, o Ceará fez uma boa partida fora de casa, criou boas chances, mas só empatou em 0 a 0 com o Atlético/PR, ontem à noite na Arena da Baixada, em Curitiba (PR). O Alvinegro teve um jogador a mais desde os 23 minutos do 1º tempo, mas não conseguiu superar a defesa do time da casa.

Com o resultado, o Vovô precisará de uma vitória por qualquer placar para se classificar, no dia 15 no Castelão, às 21h30. Como o novo regulamento não prevê o gol fora de casa como critério de desempate, qualquer empate levará a decisão da vaga para os pênaltis.

Mas antes de voltar a encarar o Furacão, o Alvinegro volta suas atenções para o Clássico-Rei contra o Fortaleza, no domingo, 4, às 19 horas no Castelão, em sua estreia na 2ª Fase do Campeonato Cearense.

Mesmo com o técnico do Ceará, Marcelo Chamusca, garantindo que o Vovô não iria mudar sua característica, ou seja, propondo o jogo mesmo fora de casa, a postura ontem foi diferente. Respeitando a força do Atlético/PR em casa, um rival de Série A do Brasileiro, o Vovô compactou as linhas defensivas e jogou desde o início armado para sair nos contra-ataques.

E bem armado, o Ceará conseguiu encaixar alguns bons contra-ataques, com Felipe Azevedo finalizando perigosamente duas vezes, em ambas raspando a trave do goleiro Santos.

Mas deixando a posse de bola com o time da casa - quase 70% na etapa inicial - o Vovô sofreu na defesa. Com um time veloz, trocas de posições e tabelando nos flancos do campo, o Furacão rondava a área do Alvinegro, mas o sistema defensivo funcionava bem.

Foi quando em mais um contra-ataque bem construído pelo Vovô, aos 23 minutos, o zagueiro Thiago Heleno parou Richardson com falta dura no meio campo e foi expulso. O defensor atleticano era o último homem da defesa e parou um contra-ataque promissor do Vovô.

Mesmo com um jogador a mais, o Ceará não mudou a postura, esperando as ações do rival para contra-atacar. E com isso, foi pressionado, com o Furacão levando perigo na bola parada com Thiago Carleto, exigindo em cobranças de falta, duas boas defesa do goleiro Éverson.

Etapa final

Para o 2º tempo, o Alvinegro manteve a postura defensiva nos primeiros minutos, sofreu alguns sustos, mas logo passou a encaixar melhor seus ataques e levar perigo. E foram duas chances cristalinas de marcar.

Primeiro, aos 9 minutos, Juninho arriscou chute de fora da área e Santos fez ótima defesa. Em seguida, aos 11, Wescley dá passe primoroso para Felipe Azevedo, que dribla o goleiro Santos mas chuta fraco para o gol, permitindo Thiago Carleto tirar para escanteio.

Já melhor na partida e controlando as ações com mais posse de bola, o Ceará criou mais uma boa chance aos 20 minutos em chute cruzado de Élton, mas o goleiro Santos defendeu.

Buscando melhorar a produção ofensiva, o técnico Marcelo Chamusca fez duas alterações, com Luidy e Arthur nos lugares de Wescley e Èlton. Mas as trocas não surtiram o efeito desejado, pela bem armada defesa do Atlético/PR.

Nos minutos finais da partida ainda surgiram uma chance para cada lado, primeiro, aos 40 minutos, o Furacão com Pablo, cabeceando para fora em boa situação dentro da área, depois, o Ceará, que teve gol anulado aos 47, com o árbitro Flávio Rodrigues de Souza alegando toque de mão de Valdo para anular o lance.

Impressão

Ao fim da partida, o técnico do Ceará, Marcelo Chamusca, em entrevista para a Rádio Verdes Mares, admitiu um sentimento de frustração com o empate sem gols na Arena da Baixada.

"Jogar aqui na Arena contra o Atlético/PR e voltar com um zero a zero não seria um resultado ruim se a gente não observasse o contexto do jogo. Por isso ficou um sentimento de frustração pois poderíamos ter vencido se tivéssemos aproveitado melhor as oportunidades. Mas não deixa de ser um bom resultado um empate fora de casa, definindo nossa classificação na volta, no Castelão. Fizemos um segundo tempo de imposição, de superioridade, mas não tivemos a capacidade de marcar os gols. Agora é nos prepararmos para o Clássico de domingo", analisou o treinador alvinegro após o fim da partida.

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