segunda-feira, 9 de abril de 2018

Vovô bicampeão

Alvinegro de Porangabuçu chega a sua 45ª conquista Estadual na história, ampliando a diferença contra o seu maior rival, o Fortaleza, e conquistando também o posto de maior vencedor da década de 2010 com 6 troféus ( FOTO: KID JÚNIOR )
por Vladimir Marques - Diário do Nordeste
Um título mais que merecido. Assim pode ser descrito o feito do Ceará, ontem à noite, no Castelão. O Alvinegro voltou a bater o Fortaleza, mais uma vez por 2 a 1, e sagrou-se bicampeão cearense em uma partida típica de Clássico-Rei: muita tensão, festa das torcidas, jogadas ríspidas, rivalidade aflorada, mas também futebol. E o Vovô foi melhor mais uma vez na bola, vencendo com gols de Pio, um golaço no 1º tempo, e Felipe Azevedo, aos 43 da etapa final. Adalberto descontou para o Fortaleza.

O 45º título estadual do Vovô tem sabor mais especial por ser no ano do centenário do rival, dando o troco da última decisão entre ambos, quando em 2015 o Leão o tirou o penta com um gol aos 47 minutos do 2º tempo.
A rigor, o Alvinegro fez valer sua maior qualidade técnica nos dois jogos finais e consagrar o grupo de Marcelo Chamusca, que já havia conquistado um acesso para a Série A. Ao Fortaleza, que foi brioso, suas limitações técnicas em relação ao adversário não permitiram que o título fosse para o Pici.

Como já havia vencido o jogo de ida por 2 a 1, o Ceará jogava com a vantagem do empate ontem. Mas como já tinham destacado os jogadores alvinegros, não jogariam com a vantagem embaixo do braço, pelo menos no 1º tempo. Na etapa inicial, o Alvinegro foi superior e criou as melhores chances. A primeira, aos 11: Felipe Azevedo bateu cruzado e o goleiro defendeu. Sete minutos depois, saiu o gol do Vozão. E foi um golaço. Juninho bateu falta na barreira, a bola sobrou para Pio encher o pé e marcar: 1 a 0.

O Fortaleza, que via sua desvantagem aumentar, não mostrava muito repertório no setor ofensivo. Embora aplicado, o Tricolor insistia na jogada aérea, buscando o artilheiro Gustavo.

Mas não surtia efeito, com a zaga alvinegra e o goleiro Éverson se sobressaindo. O Leão foi voltou para o jogo aos 37 minutos, após pênalti sofrido por Osvaldo de Pio. Mas Bruno Melo tirou muito do Everson e acertou a trave. A torcida alvinegra vibrou como um gol.

Nos minutos finais do 1º tempo, em um ataque leonino, Ligger e Valdo se chocaram e o jogo ficou paralisado até a ambulância levar o jogador do Leão, que teve uma concussão cerebral e deixou o jogo para a entrada de Jean Patrick. Foi o segundo evento médico do jogo, já que o técnico do Vovô, Marcelo Chamusca, teve uma queda de pressão e não dirigiu a equipe na partida, sendo atendido nos vestiários do clube. Aos 57, no último lance do 1º tempo, o Tricolor teve um gol bem anulado por impedimento, em cabeçada de Bruno Melo.

Se na etapa inicial o Vovô foi superior, no 2º tempo a equipe voltou muito recuada, agora sim, com o regulamento debaixo do braço. Assim, o Leão cresceu e pressionou muito em busca da virada que lhe daria o título.

Sempre rondando a área do Ceará, o Tricolor continuava insistindo na jogada aérea. E o time de Rogério Ceni só assustou aos 23 minutos com Alan Mineiro batendo falta com perigo e Everson defendendo. Embora a pressão leonina continuasse, era desordenada e o Ceará se defendia bem, esperando um contra-ataque para confirmar o título. E ele veio aos 39 minutos, em jogada que começou com Arthur e Felipe Azevedo finalizando para ampliar: 2 a 0, para explosão da torcida alvinegra, que soltou ali o grito de bicampeão.

A vantagem era enorme e o Ceará passou a segurar o resultado, com o Leão ainda lutando. E o tricolor diminuiu aos 45 minutos, com Adalberto, mas insuficiente para mudar o roteiro da decisão. Aos 51, o árbitro encerrou o jogo, e os alvinegros comemoraram como toda justiça o bi-campeonato.

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