sexta-feira, 20 de julho de 2012

No fio da navalha

Os jogadores do Vovô ainda não tiveram vida fácil na Série B, realizando partidas definidas geralmente por um gol de diferença. Isso quando o placar não sai empatado, como aconteceu em cinco dos onze jogos do clube FOTO: WALESKA SANTIAGO
Heleno vê desgaste físico e mental por equipe estar constantemente em desvantagem no placar
A linha que separa vitória e tropeço para o Ceará na Série B deste ano tem sido tênue. Em 11 rodadas disputadas, raríssimas vezes - apenas uma vez cada - o resultado foi dilatado para a vitória ou para a derrota. E isso vem desgastando os jogadores do Vovô, segundo o volante Heleno.

"A cada jogo, o Ceará luta muito e não conseguiu ainda um placar elástico. Falta um 3 a 0 para tocarmos a bola e dosar um pouco. É 1 a 0, 1 a 1, 2 a 1... no sufoco do começo ao fim. Isso acaba desgastando muito".

Geralmente, a disputa pelo resultado nos jogos, para o time, tem sido mesmo visceral, com placares apertados e esforço redobrado - vitórias por um gol de diferença ou empates depois de sair atrás no placar, às vezes, depois de tomar dois gols.

As exceções no campeonato aconteceram na derrota para o Guarani/SP (4x1) e a vitória contra o ABC/RN (4x2). No mais, o jogo esteve no fio da navalha.

Haja fôlego

Fora a vitória descrita contra os potiguares, o Vovô venceu o Ipatinga por 2 a 1 e o Atlético/PR por 1 a 0.

Contra o América/MG na estreia, o Vovô sofreu dois gols rapidamente, diminuiu o placar, mas não teve forças para igualar. A história se repetiu contra o Guaratinguetá.

Mas, sem dúvida, são os empates que evidenciam mais o desgaste. As igualdades foram cinco, e em quatro delas o Vovô saiu atrás do placar.

Em duas delas, contra Goiás e Criciúma, ambos no PV, o Vovô sofreu dois gols ainda no 1º tempo e fez um esforço hercúleo para não sair de campo derrotado.

Nos outros dois empates, contra Joinville e América/RN, o Ceará sofreu um gol e foi buscar o placar de 1 a 1.

No último resultado igual, contra o São Caetano, na terça-feira, o Alvinegro saiu na frente, sofreu o empate e voltou a estar vencendo, mas nos minutos finais entregou o empate.

Heleno espera que, no sábado, contra o ASA, a vitória chegue, de preferência, com tranquilidade. "Conversamos bastante por conta do desgaste dos nossos jogos e esperamos que no sábado seja diferente. Daria um fôlego para os jogadores e para a torcida, que fica apreensiva até o fim de cada jogo", analisou.

Reforços

O Vovô ainda busca se reforçar para a Série B. Em pauta estão o zagueiro Fabrício, ídolo no clube de 2009 a 2011 e o atacante Negueba, do Flamengo.

Disputas acirradas
5 dos 11 jogos do Vovô na Série B 2012 terminaram empatados, reflexo do equilíbrio durante os 90 minutos, contribuindo para o maior desgaste dos jogadores

VLADIMIR MARQUESREPÓRTER

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