Vitória na base da obediência

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Por se encaixar em diferentes esquemas de jogo e ser superior defensivamente, Paulo Sérgio barrou Apodi
Na última sexta, 20, em treino coletivo do Ceará, um fato chamou a atenção de todos os presentes no clube aquela manhã no Vovozão: na lateral direita, Apodi estava entre os reservas e Paulo Sérgio entre os titulares.

Quase instantaneamente, surgiram indagações sobre a saída de Apodi no último treino visando à partida contra o ASA, pela Série B no dia seguinte.

Paulo Sérgio atuou bem no sábado e continua em vantagem na disputa com Apodi FOTO: KID JUNIOR
Afinal o veloz lateral era titular absoluto do time na conquista do Estadual e (até então) na Série B, e só deixou a condição por lesão ou suspensão. Finalizado o treino daquela manhã, sempre com Paulo Sérgio entre os titulares, o técnico PC Gusmão saciou a curiosidade por sua escolha: "o Paulo é um jogador que sabe jogar no 4-4-2, 3-5-2, e nas duas linhas de quatro. Não tem tanta velocidade quanto Apodi, mas sabe trabalhar essa bola. A característica do Apodi é de mais velocidade e agressividade, praticamente como um ala, e preciso de um jogador que componha mais a defesa".

Aposta

Em suma, PC preferiu um jogador que apoiasse menos, mas que colaborasse mais taticamente e defensivamente. E ele, ao que parece, não teve motivos para se arrepender. Paulo Sérgio fez bem "a linha de quatro defensores" pedida pelo técnico e ainda deu uma assistência perfeita para Mota marcar o terceiro gol do Ceará na partida de sábado, vencida por 3 a 2, no PV. "Foi um belo passe. Para permanecer como titular, preciso continuar acertando lances como aquele e sendo obediente taticamente".

Embora tenha características diferentes das de Apodi, Paulo Sérgio vê a disputa em aberto e dependendo do adversário. "É questão de característica de jogo. Vejo que o Apodi é um jogador que ataca mais que eu, é mais rápido e driblador, mas eu marco um pouco mais, subindo com menos frequência e com precisão nos cruzamentos. Quem ganha com isso é o Ceará, que conta com dois jogadores de características diferentes. Dependendo do adversário, o PC pode escolher entre eu e ele".

Aos 33 anos, Paulo Sérgio admite, porém, que ainda não jogou no Ceará o que desempenhou em outros clubes. "Tive poucas chances, sempre quando o Apodi não podia jogar, e sei que ainda não joguei tudo o que posso, como no tempo de Vasco, Grêmio e Palmeiras. O torcedor quer ver esse Paulo Sérgio e ainda busco isso", finalizou.