sábado, 18 de novembro de 2017

Sérgio Alves: um carrasco otimista

Na campanha do acesso do Ceará em 2009, Sérgio Alves marcou gols decisivos e foi um dos principais nomes do elenco daquele ano. Com o triunfo, o craque ganhou ainda mais status de ídolo no Alvinegro ( Foto: Kiko Silva )
Sérgio Alves não sabia o que estaria por vir, quando estreou no dia sete de julho de 1992, com a camisa do Ceará, aos 22 anos de idade. O Carrasco, como foi apelidado pelos adeptos alvinegros, foi um dos maiores ídolos do clube de Porangabuçu e encerrou a carreira em 2009, ano do último acesso do Vovô à Série A do Campeonato Brasileiro. Neste sábado (18), ele estará do outro lado, como torcedor, na partida decisiva contra o Criciúma, pela 37ª rodada da Segundona e que pode carimbar a volta do Vovô para a elite do futebol nacional.

Passados quase sete anos, o craque Alvinegro rememora o acesso do Vozão em 2009, após 16 anos disputando a Série B e como aquela conquista mudou o destino de boa parte do elenco.

O garoto de 1.77m, veio ao Ceará após atuação no Central de Caruaru, no Campeonato Pernambuco. O estilo aguerrido, de liderança e os 141 gols fizeram de Sérgio Alves o terceiro maior artilheiro da centenária história do clube.

"O Ceará faz parte da minha vida. Dei meu sangue para esse clube. Sou grato por tudo que conquistei, por ter sido o time que escolhi encerrar a carreira", disse o ex-jogador.

O amor pelo clube permanece até hoje e o Carrasco ainda acompanha o Alvinegro nos campeonatos que o clube disputa.

"Eu tenho acompanhado o Ceará sempre. O Alvinegro é gigante. Assisto aos jogos do clube e o time merece estar nessa situação e, se Deus quiser, vai chegar à Série A porque a torcida alvinegra merece", fala.

Conquistas

A relação de Sérgio Alves com o Ceará sempre foi das melhores, nas quatro passagens por Carlos de Alencar Pinto. O atacante construiu uma história vitoriosa, com títulos estaduais, além do vice-campeonato da Copa do Brasil de 1994, no jogo polêmico contra o Grêmio, no estádio Olímpico. O ex-jogador falou sobre a satisfação de ter defendido o clube.

"Sempre fui feliz jogando pelo Ceará, pois construí uma família, grandes amigos, e o maior prêmio de tudo isso: o respeito e o carinho da torcida", comentou o Carrasco.

Hoje, guarda a recordação do que foi, para ele, o momento mais importante com a camisa alvinegra: o acesso à Série A, em 2009.

"Tenho boas recordações daquele acesso. Foi maravilhoso o momento e a forma como a torcida nos recebeu. Algo único que não esquecerei jamais e sempre me emociono quando lembro. Tenho muito orgulho disso". O último jogo do Ceará no brasileiro daquele ano foi contra a Ponte Preta, fora de casa. Após o acesso, a torcida do Ceará invadiu as ruas da cidade para comemorar a conquista.

Arrancada

Sérgio Alves destaca a arrancada do Ceará, na temporada 2017, como o principal fator para a possível promoção à Primeira divisão. "O time não vinha bem e começou a se acertar. A chegada de Chamusca deu um novo ânimo ao Ceará. A série de vitórias no meio da competição deu a chance para que o time chegasse bem nesta reta final. O Ceará tem tudo para voltar ao lugar que nunca deveria ter saído", analisa.

Em partidas importantes o atacante, muitas vezes, é o jogador que a torcida mais espera que decida. Perguntado sobre o peso destes duelos, Sérgio Alves comenta: "são nessas partidas que o jogador mostra que é ídolo. A gente sente ansiedade, tem mais cuidado, mas se impõe em campo. São onze contra onze. É você que está em campo e tem de fazer o melhor", expõe.

Carreira como treinador

O andarilho do futebol nordestino, depois que pendurou as chuteiras, assumiu o cargo de técnico das categorias de base do Ceará, em 2010, onde conquistou o Estadual sub-17 daquele ano.

Em 2013, foi contratado para comandar o Ferroviário, primeiro trabalho no profissional. No início de 2017 foi treinador do Tiradentes no Campeonato Cearense e, atualmente, está no Caucaia, onde conquistou o acesso à Série B do Estadual.

"Estou muito satisfeito. Tenho inquietação de pensar no futuro. Estamos fazendo um bom trabalho aqui. Uma realização pessoal", declara. (Por Ideídes Guedes)

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