quarta-feira, 30 de março de 2011

CASTELÃO: Apagam-se as luzes

Clique para Ampliar
Três anos sem Castelão é o período que os cearenses terão de amargar com o fechamento do estádio para obras da Copa
FOTO: CID BARBOSA
Quando o árbitro pernambucano Claudio Mercante Junior encerrar o confronto de hoje à noite entre Ceará e Brasiliense, pela Copa do Brasil será a última vez, em um período de três anos, que se ouvirá o trilar de um apito no Castelão. Com as reformas no Estádio para a Copa de 2014 se iniciando nesta quinta-feira, saem as vibrações das torcidas, comemorações de gols, dando lugar aos ruídos das máquinas e o trabalho incessante dos operários.
Aos alvinegros, a quem cabe a honra de ser o time cearense a realizar o jogo de despedida do estádio, o Castelão fará muita falta. "Comecei aqui como jogador, pelo Ceará. Foi um palco em que vivi muitas alegrias, como atleta, técnico e torcedor. O Castelão fará falta", relatou o técnico Dimas Filgueiras.
O zagueiro Fabrício também opinou sobre o fechamento do maior palco esportivo do futebol cearense. "O Castelão é um estádio fantástico, onde nossa torcida sempre comparece em peso para nos apoiar. Com certeza o torcedor sentirá falta de assistir aos jogos aqui".
E para fechar o Castelão em grande estilo, a diretoria do clube baixou o preço dos ingressos. Para o meia Geraldo, o apoio da torcida é fundamental. "Contamos com ela sempre, e nesse jogo, que será a despedida do Castelão, com ingresso barato, temos tudo para jogar em um estádio lotado".
E, além disso, o jogo é decisivo. Vale vaga nas oitavas-de-final da Copa do Brasil. Para o Ceará, uma vitória simples basta, afinal, empatou sem gols em Taguatinga/DF.
Para o Brasiliense, qualquer empate com gols o classifica. Um novo empate em 0 a 0 leva a decisão para os pênaltis, fundamento treinado à exaustão pelos alvinegros. Em atividade realizada em Aquiraz, o Ceará treinou penalidades máximas sem a presença da torcida e imprensa. Após o fim do treinamento, somente às 17h30, os portões foram abertos.
Para o técnico Dimas Filgueiras, aperfeiçoar o fundamento é necessário, já que a vaga pode ser decidida nos pênaltis. "Sempre que há possibilidade de decidirmos alguma coisa nos pênaltis, nós treinamos. Espero que a decisão não seja assim, que consigamos a vaga no tempo normal", torce o treinador.

Nada de sorte
O goleiro Fernando Henrique, que foi o destaque no jogo de ida, espera novamente ajudar o Alvinegro, mesmo que seja na decisão por pênaltis. "Tive um bom aproveitamento nos pênaltis. Tanto batendo como defendendo. Se precisar bater, como um jogador de personalidade, estarei presente".

VALE VAGANa véspera, técnicos escondem o jogo
Em jogos decisivos, geralmente os técnicos caem no lugar comum de realizar treinamentos fechados ou despistar o máximo possível sobre escalações. E não foi diferente na véspera de Ceará x Brasiliense, duelo que vale vaga nas oitavas-de-final da Copa do Brasil-2011.
Os dois técnicos não realizaram treinos que indicassem a formação que utilizarão logo mais. Reinaldo Gueldini, treinador do Brasiliense, não divulgou nem os relacionados para o duelo, em treino realizado ontem no Alcides Santos, estádio do Fortaleza.
Já Dimas Filgueiras, fechou o treino, realizado em Aquiraz, para aprimorar jogadas ensaiadas e cobranças de pênaltis. A presença da torcida e imprensa só foi permitida às 17h30.
Para Dimas, faz parte do trabalho dos treinadores esconder o jogo antes de uma decisão. "Acho isso normal. Esse jogo vale vaga. Como sempre digo, o segredo é a alma do negócio. Não recrimino o Gueldini. Ele está trabalhando para surpreender a gente. Mas temos nossas armas também", lembrou.

Veja entrevista do técnico




O goleiro Fernando Henrique também acredita que faz parte do jogo essa estratégia. "É clima de decisão. Nesse tipo de confronto é sempre bom esconder o jogo. Eles fizeram isso também", lembra o camisa 1.Ms Dimas Filgueiras não quis despistar apenas nas jogadas ensaiadas ou cobranças de pênaltis. A escalação da equipe para o jogo foi devidamente escondida, quando indagado sobre a formação que utilizará. "Não defini quem joga porque tenho muitas dúvidas para escalar o time. Tenho jogadores com problemas físicos e dois que saíram com problemas médicos e farão exame na véspera do jogo", explicou.
Os jogadores em questão são os volantes João Marcos e Michel. Mas a dupla não deve ser problema para o jogo. Até os jogadores não quiseram dar pistas sobre o time que será utilizado. O zagueiro Fabrício, indagado sobre o retorno ao time titular do zagueiro Erivélton e do volante Heleno, que faz a função de terceiro zagueiro, preferiu se esquivar. "São jogadores importantes, sem dúvida. O Heleno é uma peça fundamental para o time, mas se ele vai jogar ou não, e qual formação será utilizada, são questões para o Dimas resolver".

VLADIMIR MARQUESREPÓRTER

Nenhum comentário:

Postar um comentário