terça-feira, 14 de junho de 2011

Ceará libera Júnior

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Durou pouco: O atacante Júnior iniciou como titular no Ceará durante o Estadual, mas aos poucos foi perdendo espaço para outros atacantes, como Nicácio e Washington FOTO: RODRIGO CARVALHO

 
O atacante Júnior está oficialmente fora do Alvinegro. O jogador acertou sua rescisão de contrato na tarde de ontem e foi para o Bahia, adversário do Vovô na Série A.

O jogador, com raras oportunidades no time de Vágner Mancini, pediu para negociar com outros clubes. O Bahia, que já havia disputado o atleta com o Vovô no fim de 2010, foi o primeiro a procurá-lo e o fez uma proposta oficial.

Com o interesse do time baiano, a diretoria do Ceará e o empresário do jogador sentaram para negociar: como impasse, a multa rescisória em torno de R$ 600 mil que o Bahia não queria pagar. Como Júnior tinha contrato até o fim do ano e uma quebra de contrato custaria dividendos ao Ceará, um acordo foi feito, como informa o vice-presidente Robinson de Castro. "O acordo foi a rescisão de contrato com quitação total, com o jogador abrindo mão dos direitos rescisórios. Como não teremos mais que pagá-lo, o liberamos para o Bahia sem a multa rescisória. Se exigíssemos, ele provavelmente ainda estaria aqui, pois o Bahia não pagaria e foi o único time que negociava com o Júnior".

Veja entrevista do vice-presidente alvinegro



Robinson admitiu que a saída do atleta foi conveniente, já que o jogador, contratado como um dos principais nomes para o ataque, tinha um dos maiores salários do elenco. "A liberação dele foi uma situação até confortável para nós, pois o jogador tinha um custo alto, como segundo maior salário do elenco. E como ele não vinha rendendo, sua permanência era um custo sem benefício para nós".

Júnior chegou após o sucesso pelo Vitória em 2010, quando marcou 30 gols e prometendo repetir a marca pelo Ceará. No Vovô, marcou apenas cinco.

Sonho
Com a saída do atacante, os salários que o Vovô arcaria até o fim do ano, além de outros benefícios, darão ao clube um dinheiro a mais para investir em contratações. "Com essa sobra de caixa investiremos em um jogador que Mancini ache mais útil para o grupo", admitiu Robinson de Castro.

Indagado se este jogador seria Mota, Robinson esclareceu a situação do jogador, antigo sonho da diretoria. "Ele ainda não conseguiu se desvincular do time coreano. Mas ele nos liga sempre, diz que nós temos a preferência. O empresário dele nos avisou de uma proposta do Atlético Paranaense, muito além da nossa. Ouvi que eles querem até pagar uma quantia para liberarem o jogador. Assim, não podemos competir com o Atlético. Mas o Mota está tentando liberação para o Ceará sem ter essa contrapartida".

Apresentado
 
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O atacante Felipe Azevedo foi contratado por indicação
 de Mancini, seu técnico no Santos, em 2003
FOTO: DIVULGAÇÃO


Enquanto o impasse com Mota persiste, o Ceará apresentou ontem um atacante que jogava na Coreia e recebeu conselhos de Mota para acertar com o Vovô: o atacante Felipe Azevedo.

O jogador chegou indicado por Vágner Mancini, que foi seu técnico no Santos. Ele espera apenas o dia 20, data antecipada da abertura da janela de transferências internacionais para estrear pelo Alvinegro.

NEGOCIAÇÕESClube ainda busca quatro reforços
O vice-presidente de futebol do Ceará, Robinson de Castro, declarou que quatro jogadores devem ser contratados: dois meias - sendo um atuando pela direita, carência do elenco -, um volante e um atacante.

Segundo Robinson, dois deles podem chegar nos próximos dias. "Queremos apresentar dois jogadores ainda esta semana. Ambos para o meio-campo. Um terceiro volante, que pode estar desembarcando na quarta, e um meia-direita até a sexta. Não assinaram, mas está tudo acertado. O contrato está nas mãos desses jogadores".

Além dos dois jogadores citados, Robinson declarou que iniciou ontem as negociações com um experiente meia. "Trata-se de um jogador com certa experiência, vivência no futebol. Iniciamos a negociação hoje (ontem), por isso ainda está distante o acerto. O outro jogador é atacante, com característica de velocidade", informou.

Ainda sobre a procura por reforços, o dirigente reiterou a dificuldade em conseguir que jogadores sejam liberados por seus clubes. "Procuramos o Morais, mas o Corinthians afirmou que tinha só ele e o Danilo para a posição. No Palmeiras, a mesma situação. Naquelas posições que estamos carentes está difícil contratar. Estes grandes clubes querem liberar apenas garotos da base para que o Ceará sirva como estágio. E nós não podemos nos dar o luxo de experiências e contratar jogadores que não resolvam", analisa.

Derley
Com este raciocínio, Robinson exemplificou a situação do atacante Derley, que também foi apresentado ontem oficialmente, ao lado de Felipe Azevedo.

O jogador de 23 anos, que disputou o Estadual pelo Tiradentes, foi contratado para ganhar experiência e fará apenas um período de testes no clube. "Não consideramos o Derley um reforço para a Série A. Ele está aqui para ganhar experiência, se ambientar em um grande clube e crescer profissionalmente", afirmou Robinson.

Veja entrevistas com os atletas Vicente, Felipe Azevedo e Derley



VLADIMIR MARQUESREPÓRTER

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