sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Uma nova turbulência


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Vágner Mancini explicou à diretoria que os maus resultados aconteceram por questões técnicas, e não por problemas com seus atletas
KID JÚNIOR

  Após cinco jogos invicto, Ceará é goleado duas vezes e precisa superar sua segunda crise neste Brasileirão
As duas derrotas seguidas no Brasileirão - para o Fluminense no Engenhão por 4 a 0 e para o Avaí por 3 a 0 no Presidente Vargas - mudaram radicalmente o ambiente no Ceará. Para muitos, aquele time confiante, que ficou cinco jogos sem perder (vencendo Atlético/MG, América/MG, Atlético/PR e empatando com Figueirense e Flamengo), flertando com o G-4, deu lugar a uma equipe frágil, insegura quanto ao futuro.

Tudo isso em um intervalo de um mês. No dia 6 de julho, o Vovô goleava o Atlético/MG por 3 a 0 e iniciou seu melhor momento na Série A. A boa sequência foi quebrada apenas no domingo, na goleada para o Flu, e virou preocupação com a derrota de 3 a 0 para o Avaí.

A queda drástica de produção do Ceará, que sofreu sete gols em dois jogos sem marcar nenhum e a distância de apenas cinco pontos para a zona de degola, foi tema de reunião da diretoria do clube com a comissão técnica.

Explicações
O diretor de futebol Robinson de Castro pediu explicações ao técnico Vágner Mancini sobre o desempenho da equipe. Não esteve em pauta a queda do treinador. "Em nenhum momento isso foi discutido. Nem de longe pensamos em tirar o Mancini. O que procurei saber foi porque a equipe caiu de produção e o que pode ser modificado para voltarmos a vencer. O Mancini afirmou que os maus resultados vieram por questões técnicas e não por problemas no grupo", afirmou Robinson.

O encontro foi resquício da goleada para o Avaí na quarta-feira, que deixou a diretoria alarmada. "O time jogou as últimas partidas abaixo da média. Os jogadores precisam ser cobrados. A responsabilidade é de todos. Precisamos colocar as coisas novamente nos trilhos", clamou Robinson.

E a crise de resultados chega no momento em que o Vovô disputa a reta final do 1º turno do Brasileirão. As duas próximas partidas são fora de casa, contra Santos e Corinthians, nos próximos domingos.

Se passar por este momento crítico, será a segunda vez do Ceará e de Mancini. O empate em casa contra o Botafogo na 3ªrodada somado à goleada sofrida para o Atlético/GO e à derrota diante do São Paulo por pouco não derrubaram Mancini, que foi mantido pela diretoria e arrancou para cinco resultados expressivos. Resta saber se o técnico tirará de novo o Ceará da turbulência e retomará o caminho das vitórias.

CONTRA O SANTOS
Ceará com três desfalques
Além da moral baixa após duas derrotas seguidas na Série A, o Vovô ainda terá que superar também os desfalques para a partida contra o Santos, no domingo. O zagueiro Diego Sacoman, pelo terceiro cartão amarelo, o lateral-esquerdo Vicente, expulso e o volante João Marcos com estiramento muscular na coxa direita, estão fora.

O diagnóstico de João Marcos foi divulgado ontem pelo departamento médico do clube. Uma ressonância magnética indicou que o jogador fica fora por duas semanas. Nesse período, João Marcos fará tratamento fisioterápico. Os substitutos desses jogadores começam a ser definidos hoje pela manhã, em treino às 8h30 no Vovozão. Na ocasião, Mancini fará o último treino antes do embarque, que acontece logo após a atividade.

Heleno retorna ao time no posto de Edmílson. Para o lugar de Sacoman, Erivélton deve assumir a vaga, Rudnei substituiria João Marcos e Egídio entraria na posição de Vicente.

No Santos
Os desfalques não assolam apenas o Ceará. O Santos também perdeu jogadores importantes para domingo. O atacante Neymar e o lateral-esquerdo Léo receberam o 3º cartão amarelo contra o Vasco e estão fora.

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